Na insistência por um consenso, existe um dissenso gritando por dentro.
- Maria Carolina
- 25 de out. de 2024
- 1 min de leitura
Em quais situações o consenso realmente está sendo bom? Pra quem é vantajoso? Quem se beneficia?
Não considero que o consenso seja uma coisa ruim. Ele pode evitar muitas coisas, mas aí é que também tá o X da coisa. O que está sendo evitado? Quem tá evitando? Quem são as pessoas que estão sempre deixando suas noções e ideias de lado para finalmente colaborar e fazer parte de um consenso?
Quais discordâncias estão sendo ignoradas para corroborar com uma concordância?
Situações que gritam pela exposição do dissenso, mas insistem pela prevalência do consenso, porque assim é. Encontrar a concordância e consentimento mútuo.
Mas para que haja um consentimento, um consenso, uma concordância, muito provavelmente tem alguém engolindo seco as suas discrepâncias.
São todas as situações que pedem por consenso?
Porque não conviver com o dissenso?
Porque não poderia?
Precisa chegar sempre numa conformidade?
E como chegar numa conformidade ou consenso a partir das próprias inconformidades, das próprias desaprovações?
Nas relações, como conviver com as dissidências sem que isso seja visto necessariamente como algo que não vai bem?
Aprendemos que para algo estar em equilíbrio ou bom, precisa estar sempre em conformidade, de acordo. Mas o quanto de desequilíbrio não está acontecendo para que a ordem do equilíbrio prevaleça?
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