Assumir as várias facetas.
- Maria Carolina
- 22 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de mai. de 2024
Como assumir outras facetas e ainda assim continuar sendo a gente mesmo?
Estas frases e tantas outras denunciam uma rigidez, um apego ou seja lá
o que for a uma única possibilidade de ser nesse mundo. Um único tipo de "personalidade".
Quando se experimenta uma outra forma de vivenciar a vida, fora do comum, do que estamos acostumados, uma estranheza toma conta. Não só uma estranheza como uma rejeição à nova forma.
Como se existisse um padrão de funcionamento, e quando algo acontece e muda isso, acreditamos que alguma coisa está errada e que precisamos resgatar o antigo eu. O eu verdadeiro.
Como assim não era você?
Porque isso que você apresenta hoje também não pode ser você?
Essas mudanças ou novas formas são vistas como algo ruim, principalmente quando elas estão associadas a uma "negatividade".
"Eu era uma pessoa bem humorada, brincalhona... não sou mais.
A minha ansiedade faz eu ser algo que eu não sou".
O campo se movimenta e a gente se movimenta com o campo. Por isso, podemos experimentar tantas possibilidades de vivenciar as experiências.
Isso não nos torna menos nós mesmos.
A ideia de uma essência faz um pouco desse estrago. Acreditamos cegamente que temos um único jeito de ser, a "verdadeira essência ".
Mas não tem essência. Têm vivências, têm rupturas, tem fragilidade, tem vulnerabilidade, tem experimentações. Viver cada uma delas, de certa forma, faz sim a gente experimentar formas diferentes de encarar a vida, e isso não está de modo algum determinado.
Aquilo que você é com sua ansiedade, com sua tristeza, ou com qualquer outra coisa considerada fora do "normal" não te faz menos você.
Inclusive, pode te tornar mais você, isso se você permitir.
Se apropriar daquilo que somos também é nos reconhecer nas próprias estranhezas.
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